Abriu um restaurante-bar numa das zonas mais pacatas do Bairro Alto. Mariana Correia de Barros (texto) e Ana Luzia (fotos) foram espreitar.
O novo espaço do Bairro Alto pode deixar alguma margem para dúvidas. Se lá entrar e não perceber de imediato de que tipo de estabelecimento se trata, é normal. Aconteceu-nos o mesmo. E é por isso que aqui estamos. Para lhe explicar tintim por tintim o que é o Maria B.A.
Um restaurante de petiscos, mas que também tem carta séria. Um bar lounge, que passa boa música e tem direito a pista de dança. Um sítio para picar até tarde. Um snack-bar com esplanada para almoços. E sim, há espaço para tudo.
Os clássicos frequentadores do Bairro vão reconhecer o espaço de que falamos: é o velhinho BBA (Bar Bairro Alto). Se não conhece, fica na Travessa dos Inglesinhos, numa zona menos agitada, mas que em breve vai ganhar nova vida. Isto quando terminar o projecto de revitalização do Convento dos Inglesinhos. O Maria B.A quis estar um passo à frente.
O projecto é de duas amigas, Cristina Almeida e Maria Henriques, que apesar de todas as vertentes do espaço querem focar o negócio nos petiscos. Da salada de polvo com coentros, à alheira no forno com ovo estrelado, prego de lombo e pataniscas de bacalhau. O resto da carta completa-se com pratos de peixe, bifes B.A. (de lombo ou da vazia), tudo para acompanhar com arroz de alho, esparregado ou batata-doce (entre outras). “Fazemos pratos tradicionais, servidos de forma mais elaborada”, explica-nos a Relações Públicas, Margarida Fonseca.
O Maria B.A, que deve o nome à queda de um ‘B’ do antigo BBA e a um dos nomes mais característicos dos portugueses (Maria), divide-se em dois andares. No primeiro funciona o restaurante, instala-se o DJ e a pista de dança (entenda-se um estrado). O segundo tem espaço para jantares de grupo, mesas para beber um copo e sofás para estar estendido em modo chill out. Isto por enquanto. Porque para breve estão a preparar algumas festas e eventos. Ainda sem grandes certezas do que serão, até porque o espaço só tem duas semanas.
Numa sala anexa do espaço, que já não é pequenino, ainda há uma zona de almoços. “Não tem nada a ver com o resto da decoração”. Serve sopas, saladas, quiches e salgados. E tem sido frequentado pelos alunos dos Conservatórios da zona. Às três da tarde encerra a esplanada e entra a animação nocturna. Para um copo de vinho antes do jantar, uma refeição a sério ou uma ceia fora de horas.
No serviço de bar, apostam nos cocktails. Aliás, o barman tem andado em formações sobre o assunto para não defraudar as expectativas dos clientes mais exigentes na matéria (como nós). Mas como em qualquer outro espaço do tipo, também há caipirinhas, vinhos doces, cervejas e alguns shots.
Quem lá tem passado nestes primeiros dias fica admirado com as alterações do espaço. E há quem até já tenha sugerido que o transformassem em cabaret. Culpa das cores escuras, a lembrar noite por todos os lados, ou das escadas em ferro forjado? Não sabemos. E elas próprias também não. Mas por enquanto, pode ir à confiança que é só um restaurante e bar. Também, o espaço ainda é uma criança. "